segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PV oficializa saída do governo estadual até terça-feira

A direção do Partido Verde (PV) passou o domingo preparando um documento para oficializar a saída do governo do Estado, que deve ser entregue ao governador nesta segunda, 14, ou no mais tardar na terça-feira, 15. Apesar da resistência de uma ala do partido, comandada pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, a direção executiva do PV vai informar o governador que o partido quer garantir um palanque no Estado para a senadora Marina da Silva, que pretende se lançar candidata à Presidência da República nas eleições de 2010. Dois nomes são dados como certos na chapa do PV para as próximas eleições, os dos deputados federais Luiz Bassuma, possível candidato a governador, e Edson Duarte, que pode vir a se candidatar ao Senado. “Nenhum outro nome foi colocado em discussão a não ser os de Bassuma e Edson”, informa o membro da executiva nacional do PV, Fernando Guida, que acompanhou a reunião do partido no último sábado. Segundo ele, nomes que teriam sido lançados de última hora no encontro de sábado, entre eles o do ministro da Cultura, Juca Ferreira, teriam partido de “um pequeno grupo que tentou tumultuar”. Para Guida, a vitória de 30 a 3 na última plenário serviu apenas como um referendo do que já era a vontade do partido. “Em torno de 200 presidentes de comissões municipais foram consultados e a margem da candidatura própria foi de 95%”. Seguindo a linha da executiva nacional e da direção do partido no estado, Bassuma dá o assunto por encerrado. “Agora é hora de discutir o nosso projeto com a sociedade”, aponta o deputado que ingressou no PV depois que perdeu espaço no Partido dos Trabalhadores (PT) por ser contrário ao aborto. Questão em aberto - Para Juca Ferreira, a questão do fim da aliança com Jaques Wagner não foi fechada. “A vida pública tem regras. Eles podem ter maioria na executiva, mas as decisões partidárias acontecem em convenções. E nós somos maioria lá”, avisa. Segundo o ministro, ainda que a ideia da candidatura própria venha a ser aprovada, o deputado Bassuma não seria o mais indicado ao cargo. “Ele está ressentido com o PT e quer nos levar para a oposição”, acusa. Fato consumado para a direção partidária, a comunicação oficial ao governo é apontada pelo presidente do partido na Bahia, Ivanilson Gomes, como uma questão de tempo. “Temos a candidatura de Marina, em primeiro lugar, mas o outro motivo é que a vitória de Wagner, da qual participamos, foi contra um grupo político e agora parte dele se reaproxima do governador”, diz em relação ao Partido Progressista (PP) e ao Partido da República (PR). A assessoria do governador informou que ele só vai se pronunciar a respeito da saída do PV após ser informado oficialmente.

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