O presidente estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, confirmou ontem que o partido deve mesmo lançar candidato próprio ao governo do estado no próximo ano, atendendo a uma estratégia da direção nacional. Em visita ao município de Itapetinga, Gomes já prepara as bases do partido no interior para o desafio na futura eleição. “Na verdade, é uma exigência da (direção) nacional para termos candidatos nos principais estados da federação em função da candidatura da Marina (Silva)”, explicou. De acordo com Ivanilson, o comando nacional do PV entende que será preciso construir um palanque para Marina Silva nos principais estados da federação e a Bahia faz parte dessa estratégia. “Nos quatro principais estados da federação, onde estão os principais colégios eleitorais, é uma situação si ne qua non. Portanto, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia o partido deve lançar candidato próprio”, admite. Ivanilson informou ainda que no próximo sábado vai haver um encontro em Belo Horizonte (MG) entre a executiva nacional do PV e os diretórios estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia para discutir sobre as eleições de 2010. “Vamos discutir vários assuntos, mas o tema central do encontro vai ser a construção dos palanques nos estados”, admitiu Gomes, que já confirmou presença no evento.Embora o deputado federal Luiz Bassuma já tenha admitido colocar o seu nome como uma opção para disputar o governo do Estado, o presidente estadual dos verdes disse que o partido deve receber outros nomes que queiram disputar ou apresentar opções para discussão. “Vamos, internamente, abrir essa discussão. Não houve tempo de debater anteriormente. Por isso, vamos procurar saber quem quer e avaliar o perfil”, explicou. “E vai ser rápido, porque é preciso que a população conheça quem é o nome a ser apresentado. Por isso, vamos apressar nas discussões”, garantiu.Além de Bassuma, Ivanilson disse que o partido tem outras opções como o ministro Juca Ferreira (Cultura), Beth Wagner, Roque Aras e o deputado federal Edson Duarte, que surge também como opção para o Senado. Sobre a participação da legenda no governo do Estado, onde comanda a secretaria do Meio Ambiente com Juliano Matos, Ivanilson explicou que o partido vai conversar, mas não vai haver embate com o governo Wagner. “Entendemos que se o partido definiu ter candidatura própria, vamos ter que cumprir essa determinação. Por isso, estamos abrindo um diálogo”, disse. Quanto ao momento de sair do governo, Gomes deixou claro que o partido só vai se posicionar quando definir o nome do seu candidato ao governo, mas deixou a decisão a cargo do governador Jaques Wagner. “Isso vai ficar a cargo do governador, até onde o secretário (Juliano Matos) pode ficar. Mas quando o partido já tiver decidido o nome, nós iremos recomendar o afastamento do governo”, disse. Gomes adiantou ainda que Juliano Matos “tem dito que qualquer posição do partido vai ser superior às suas posições”.
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